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Queremos Heróis!







por Rafa Kajuru 



Quem nunca saiu de um cinema, após um filme, se sentindo o herói? Se sentindo o mocinho da história, o cara que resolve tudo, que faz tudo, que é aplaudido? Quando eu era criança, sempre sentia isso, era uma coisa muito boa, pois no mundo do faz-de-conta a gente não tem limitação, a gente não tem problema, pode tudo e faz tudo. Isso é maravilhoso. E algumas pessoas conseguem fazer disso realidade através do esporte. Ser um ídolo do esporte é algo difícil, trabalhoso, penoso, onde a dedicação é extrema, e não é garantido ser o primeiro, subir o pódio. Mas, conseguindo, é a maior sensação do planeta. Entendo isso, claro, sofrer, treinar, suar, sentir dores, noites em claro, sacrifícios, isso tudo é feito visando o pódio, o lugar número um, o reconhecimento, o aplauso. E até aí, nada de errado. O problema é quando se usa um atalho para isso, quando se trapaceia para chegar no resultado, quando a deslealdade toma o lugar da dedicação, e somente a vitória interessa, pois nada pode impedir. Isso é a mancha.
A denúncia do esquema de doping da Rússia abalou o mundo do esporte, fez renascer um tema que há muito se discute: Vale tudo em nome da vitória? Vale trapacear?
Penso nisso não porque questiono o desejo de se ser o melhor, mas sim porque muitos tentam honestamente vencer, e pagam preço grande por isso. Senão, vejamos Michael Phelps, grande campeão da natação, que voltou, mas ao decidir parar, sofreu, já que sempre precisou ingerir 12 mil calorias por dia, pois as consumia no treinamento, e seu corpo se adaptou a essa regra, e não conseguia mudar isso rapidamente, também Rebeca Gusmão, que sim caiu em doping, mas que teve depressões por causa do esporte,  Ronaldo “Fenômeno” que abruptamente encerrou sua carreira devido a duas graves lesões nos joelhos, Guga Kuerten que no auge foi obrigado a parar por problemas nos quadris, e até hoje eu lembro da frase dele no seu jogo de despedida: “Eu gostaria muito de prosseguir jogando, mas eu não consigo mais”. Isso dói.
Deve ser mais dolorido ainda, eu imagino, ao saber que o outro que lhe venceu não foi honesto, não foi leal, trapaceou para lhe superar.  Pois é como se tudo que você passou não fosse válido, não fosse reconhecido, pois alguém não passou por tudo isso, pegou um atalho e venceu. Vou mais fundo: que valor tem essa vitória? Caso não se descubra, ok, a medalha continuará ali, o título, o recorde. Mas no íntimo da pessoa estará sempre o pensamento de: “Eu não sou o melhor, trapaceei”. Isso deve ser horrível.

Concluo dizendo que torço para que parem os casos de doping, para que o esporte produza sim heróis, que as futuras gerações se espelhem neles, e não mais vilões.


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